RTV Caatinga

18/11/2016 - 12:14

Conteúdos da TV Caatinga são apresentados em Encontro de Jornalistas na Paraíba

As produções da TV Caatinga, Webtv da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), foram exibidas no 10º Encontro de Jornalistas da Fundação Banco do Brasil (FBB), que aconteceu de 19 a 21 de outubro, em João Pessoa (PB).  O evento contou com a participação de 60 jornalistas de 17 estados do país.


Programas como “É Assim que eu Falo” e o Especial “Sou Forró” foram alguns dos produtos da TV Caatinga exibidos na mesa “Jornalismo Social em Multiplataformas” pela coordenadora de programação e jornalismo da Webtv, Fabíola Moura. Em sua palestra, a jornalista detalhou o trabalho da TV educativa da Univasf de produzir conteúdos contextualizados com o Semiárido e que promovam as viabilidades desses territórios de forma lúdica e com informações precisas. Também participaram desta mesa, os jornalistas Rinaldo de Oliveira, do site Só Notícia Boa, e Inácio França, do Marco Zero Conteúdo.



O evento ainda discutiu os novos paradigmas de produção de consumo a partir de experiências inovadoras e desenvolvimento sustentável, além da atuação da FBB na reaplicação de tecnologias sociais. A exibição de um documentário sobre produção e consumo e uma roda de conversa com a Central do Cerrado, o Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá e a Articulação Nacional de Agroecologia, entidades que desenvolvem atividades produtivas com foco na sustentabilidade, agroecologia e agricultura familiar, também fizeram parte da programação do Encontro.


Media Tour


Durante o evento, os jornalistas participaram de um Media Tour para conhecer experiências de tecnologias de convivência com o Semiárido e projetos de agricultura familiar que estão dando certo no sertão paraibano. A primeira parada foi no Projeto Borborema, no município de Esperança, coordenado pela AS-PTA, uma associação civil sem fins lucrativos e econômicos.



O polo funciona há 33 anos e atua em 15 municípios da Paraíba valorizando o conhecimento dos agricultores e agricultoras e promovendo a construção coletiva do conhecimento. Em 2015, o projeto recebeu o apoio da Fundação Banco do Brasil através do projeto Ecoforte, que financia iniciativas, como projetos que promovam a convivência com o Semiárido, com o objetivo de fortalecer as redes, além de proporcionar a inclusão socioprodutiva e o protagonismo dos participantes.



O edital do Ecoforte atendeu 28 redes de agroecologia, possibilitando o acesso a técnicas e a implantação de unidades de referência. No polo Borborema foram implantas cinco dessas unidades, como o banco para armazenamento e estocagem de sementes crioulas, sem o uso de qualquer tipo de defensivo agrícola. A FBB forneceu uma balança e uma máquina de classificação, além de outros equipamentos. Com o auxílio, as famílias produzem e estocam 30 variedades de sementes, como milho, feijão carioca, feijão preto e fava, que são empacotados e vendidos nas feiras.



 As outras  unidades  apoiadas  pelo  edital foram os  quintais  domésticos,  administrados  por  mulheres de 14  municípios; o  criatório de  ovelhas para a  formação de  rebanhos com  raças nativas,  voltado para os  jovens das  comunidades; e  equipamentos para  feiras  agroecológicas e  para  estoque de  forragem para os  períodos de  estiagem. Tudo  isso com  atividades de  formação e  intercâmbio que  viabilizem a  produção e  permanência das  famílias nas suas comunidades.



Só nesse edital  foram  investidos mais de 1 milhão de  reais na criação de fundos  rotativos solidários que  beneficiaram 7 mil famílias. O  Ecoforte vai continuar  atuando no polo Borborema  até 2017.



 O Media Tour visitou ainda a  propriedade da família de Delfino da Silva, na  comunidade de Cinza, em Esperança.  Ele, o pai, a mãe e os irmãos vivem numa área de pouco mais de dois hectares onde produzem com ajuda de duas cisternas (uma delas tipo calçadão), que juntas armazenam até 68 mil litros de água. A propriedade conta com um biodigestor agroecológico, para evitar o uso de gás e lenha.



A família também cria animais e produz hortaliças livres de agrotóxicos, que são comercializadas em feiras agroecológicas. Tecnologias de convivência que estão permitindo a agricultores como Delfino passarem pela estiagem sem prejuízos e sem a preocupação de ter que abandonar a terra em busca de dias melhores.




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